quinta-feira, agosto 24, 2006

Como nos repelem os nossos Serviços Públicos

Estou cheia de dores… ando com uma crise qualquer de coluna que me esta a atazanar o juízo de uma maneira rebelde. Mas agora, reflectindo bem e de pé, para ver se as dores não pioram, não sei se estou pior das dores ou pelo facto de, como elas não passam, ter de ir ao centro de saúde!

Da última vez que lá fui tive um episódio que me marcou profundamente… a Srª que lá estava, como boa funcionária pública de atendimento ao cliente, não quis minimizar a má fama da sua classe e fez jus da sua posição. Começou aos gritos comigo, com as sobrancelhas quase unidas de tão arreganhadas que estavam, porque eu não tinha um papel que, supostamente, eles deveriam ter enviado para minha casa, depois de alterarem o sistema. Primeiramente ignorei, e pedi para ser atendida (eu acho que eles ignoram o facto de nós irmos ás urgências, apenas porque se trata de uma emergência e estarmos aflitos e aproveitam qualquer momento para lavar roupa suja). E a senhora insistiu. A raiva começou a entrar e entranhar-se em mim e em poucos momentos fiquei possuída, na verdadeira acessão da palavra, naquele momento senti que precisava de algo bastante forte para exorcizar aquele sentimento tão mau e tão profundo que havia sido provocado em mim e mandei um grito à Srª e perguntei : “Mas se a culpa é vossa que não mandaram o papel, ACABA imediatamente com esse tom de crítica e com a conversa em estilo de raspanete e arranje maneira de me atenderem!” É claro que a minha mãe, muito pudica nestes assuntos, repetiu várias vezes que eu tinha muita febre para se justificar perante a audiência que apreciava o espectáculo…

Por isso imaginem a vontade que tenho de me sujeitar a cenas destas!

10 comentários:

Anónimo disse...

Aproveitam-se do pseudo poder que exercem perante as alturas frágeis em que as pessoa se deslocam a esses serviços.
Espero que estejas melhor.
Beijo

Anónimo disse...

Deviam existir cursos de "simpatia", especialmente para a função pública que bem carece de tal necessidade.
As melhoras linda. Bjokinha

RCataluna disse...

As melhoras! E paciência, muita paciência...

Um beijo pra ti e um abraço ao André!

Francisco disse...

O Livro de Reclamações não está lá para ornamentar a sala.
Melhoras.

13a... disse...

Todos sabemos que há livro de reclamações mas isso não devria justificar tanta má educação e tão maus atendimentos. Não pesno q o facto de podermos reclamar dê aos q nos atendem, motivos para q o façamos. No sitio onde trabalho tb existe livro e isso não me leva a ser mal educada e rude!

Obrigada pelas melhoras

Francisco disse...

É evidente que a existência do Livro de Reclamações não justifica a má educação.
O que quis dizer foi precisamente o contrário.
Se fosse mais usado, nas situações com justificação, talvez a má educação não fosse prática corrente em tanto sítio.

Abade.anacleto disse...

O pior que se pode fazer em certos ambientes é demonstrar fraqueza, fragilidade. Claro que quando estamos doentes nada há a fazer, estamos mesmo fracos! Agora aproveitar-se de um certo lugar para descarregar as frustrações em cima de quem não as merece, isso não! A frustração mascara-se de tantas formas, uma delas é a arrogância e a prepotência. Por norma quem assim se comporta é "pobre", fraco, em suma alguém que merecia ser atendido por profissionais de saúde mental antes de atender os outros.
Bjokita.

13a... disse...

Chico... mas é isso mesmo q é triste, haver pessoas q ainda n sabem o seu papel e termos q ser nós, q no fundo nem somos niguém, a repreender! Eu percebi bem ao q te referiste mas pensar q as pessoas são melhores pq têm medo q usemos o livro tb é triste!!

abade... Completamente!! Mais uma vez estou completamente de acordo!

RCataluna disse...

Tens um desafio n'O Bom Gigante. Estás à vontade! Bom fim-de-semana!

trugia disse...

Fazes bem em reclamar e espernear sempre que fores mal atendida principalmente nos estabelecimentos de saúde, pois para alem de darem má fama a esses serviços sujam tambem o bom nome dos bons profissionais que lá trabalham. Um abraço e as melhoras